Britânicos eurocéticos manifestam-se contra impasse do Brexit

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Direitos de autor REUTERS/Toby Melville TPX IMAGES OF THE DAY
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De  Euronews
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Milhares de pessoas manifestaram-se em Londres contra o atraso da saída do Reino Unido da União Europeia.

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O impasse do parlamento britânico levou milhares de britânicos às ruas. Em marcha pelo centro de Londres, rumaram a Downing Street para mostrar a indignação perante a incapacidade de Theresa May fazer passar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e mais uma vez o Brexit ser adiado, num processo sem fim à vista.

Ao cair da noite, alguns ânimos exaltaram-se. Pelas 21h, a polícia tinha já efetuado cinco detenções.

Para os apoiantes do Brexit as movimentações de Westmister são incompreensíveis. Os parlamentares rejeitaram esta sexta-feira, pela terceira vez, o acordo de saída proposto pela primeira-ministra. A decisão, tomada no dia em que o Reino Unido deveria sair da União Europeia, deixa aos britânicos um futuro incerto. Um divórcio que, neste momento, ninguém sabe quando, nem como vai acontecer.

O impasse foi frisado e lamentado por Theresa May, esta sexta-feira, no parlamento, depois de uma derrota contundente. "Temo estarmos a atingir os limites do processo nesta Câmara. Esta Câmara rejeitou uma saída sem acordo. Rejeitou não realizarmos o Brexit. Na quarta-feira, rejeitou todas as variantes do acordo em cima da mesa. E hoje rejeitou a aprovação do acordo de saída por si só e a continuação do processo no futuro", afirmou a primeira-ministra.

No entanto, o líder da oposição, não temeu acrescentar mais variantes à crise. Em resposta a May, Jeremy Corbyn disse que "Este acordo tem de mudar. Tem de ser encontrada uma alternativa. Se a primeira-ministra não pode aceitar isso, deve sair, não numa data a determinar no futuro, mas agora, para podermos decidir o futuro do país através de eleições gerais".

Momentos após a votação, Donald Tusk anunci ou mais uma cimeira do Conselho Europeu para debater o Brexit. Os líderes do bloco a 27 vão encontrar-se a 10 de abril e têm em cima da mesa a hipótese de uma saída sem acordo. Um cenário temido pelas empresas, preocupadas com o caos em que a incerteza deixaria a quinta maior economia do mundo.

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