Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, esteve no país e mostrou-se preocupado. A Líbia continua dividida entre dois governos.
Apesar da aparente calma em Trípoli, a situação na Líbia está a aquecer entre o governo que se reclama legítimo do país, resultado das eleições de 2014 e sediado no leste do país, com o apoio do exército, e o governo de salvação nacional que é reconhecido pela comunidade internacional e está instalado na capital. O exército ameaça agora tomar Trípoli.
A Líbia não consegue encontrar estabilidade política desde a queda do ditador Muammar al-Kadhafi, em 2011, e mergulhou numa segunda guerra civil.
Esta escalada coincide com a visita ao país do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, que diz que a resolução da crise não pode passar pelo derramamento de sangue: "No encontro que tive com o Presidente do Conselho, partilhámos o reconhecimento de que não há solução militar para nenhum problema no mundo e isso aplica-se também à Líbia", disse Guterres.
Enquanto o exército nacional comandado por Khalifa Haftar avança para Trípoli, grupos armados sediados na cidade costeira de Misrata, fiéis ao governo reconhecido internacionalmente, começaram também a avançar para defender a capital. Vários governos já se mostraram preocupados com a escalada do conflito, que vem dificultar os planos da ONU para um roteiro de paz e para a realização de eleições.