Líderes europeus pressionam Theresa May

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De  Joao Duarte Ferreira
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Primeira-ministra britânica quer nova extensão do Brexit até 30 de junho

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O novo pedido de extensão da data de saída do Reino Unido da União Europeia para 30 de junho foi recebido com ceticismo pelos líderes europeus.

O parlamento britânico teima em não chegar a uma decisão clara sobre o caminho a seguir.

Em Bruxelas a carta de Theresa May na qual ela pede mais tempo à União Europeia está longe de garantir uma nova extensão.

"Eu diria que o princípio de cooperação sincera é aplicável tal como a primeira-ministra May torna claro na carta e eu diria que, tal como o comissário europeu para o ambiente afirmou antes, trata-se de uma questão hipotética uma vez que pressupõe que existe uma extensão, o que ainda não foi decidido pelos nossos líderes", adianta o porta-voy da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.

A França, pela voz da secretária de estado para as questões europeias, Amélie de Montchalin, afirma que a concessão de uma nova extensão depende da apresentação de um plano claro e credível por parte do governo britânico.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, reagiu e diz que existem questões que têm que ser clarificadas até ao conselho europeu extraordinário da próxima semana.

"Podemos dizer que será a base para as deliberações co Conselho Europeu Extraordinário na próxima quarta-feira. Do nosso ponto de vista, é importante que a primeira-ministra não apenas se candidate a uma extensão mas reconheça igualmente que uma extensão até 30 de junho, significa que a Grã-Bretanha terá que se preparar para realizar eleições europeias", adianta Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel.

Mas cumprida uma semana após a data inicial de saída do Reino Unido da União Europeia, muitos são de opinião que uma saída ordenada é cada vez mais improvável.

"Estamos a dirigir-nos para um Brexit duro. É claro que gostava de estar errado porque um Brexit organizado é muito melhor que um Brexit desordenado mas continuamos a não saber o que é que Londres quer", conclui Jyrki Katainen, Comissário Europeu para o Emprego, Crescimento, Investimento e Concorrência.

Praticamente três anos decorridos após o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, a incerteza continua a dominar enquanto continua a contagem decrescente até ao dia 12 de abril.

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