Sudaneses exigem Governo civil

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Após Omar al-Bashir ser deposto, milhares de pessoas saíram às ruas de Cartum em júbilo, mas também em protesto. Não aceitam uma governação tão longa do conselho militar e exigem um Governo civil de transição.

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O presidente do Sudão foi deposto pelos militares, na quinta-feira, a Constituição foi suspensa, foi instituído um estado de emergência de três meses e foi criada uma junta militar para governar o país por dois anos.

Milhares de pessoas saíram às ruas de Cartum em júbilo, mas também em protesto. Não aceitam uma governação tão longa do conselho militar e exigem um Governo civil de transição.

"Se não trouxerem um Governo civil que represente adequadamente o povo sudanês, a nossa revolução será incompleta e não representará as esperanças e sonhos do povo sudanês. Por essa razão, continuaremos a greve e ficaremos na praça, até que todas as nossas exigências legítimas sejam atendidas", afirma um dos manifestantes.

Uma pretensão apoiada pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América que pedem ao exército para realizar uma transição "rápida" para um Governo civil.

A comandar o Sudão está, agora, Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf, o antigo número dois do regime de Omar al-Bashir.

O ditador foi deposto na sequência de cerca de quatro meses de protestos e está detido.

Al-Bashir governou o Sudão por três décadas com mão de ferro.

Em 2010 foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional de Haia e enfrenta um mandado de prisão por alegados crimes de Guerra, contra a Humanidade, e genocídio, na região do Darfur.

Al-Bashir reprimiu com violência uma insurreição, que começou em 2003, e levou à morte 300 mil pessoas.

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