O governo do Sri Lanka admitiu ter sido dada informação sobre a possibilidade de um atentado no país.
Um novo engenho explosivo eclodiu em Colombo. A explosão, desta vez sem feridos, ocorreu enquanto a polícia tentava desarmar a bomba.
Depois de já ter sido decretado o recolher obrigatório, o Sri Lanka está em estado de emergência. Uma medida que visa aumentar os poderes da polícia e dos militares, enquanto a busca pelos assassinos deste Domingo de Páscoa continua.
Vinte e quatro horas antes, oito explosões tinham já matado 290 pessoas e ferido outras 500.
As autoridades acreditam que os ataques sejam da autoria de um grupo jihadista local que já constava numa lista de vigilância.
O ministro da saúde e porta-voz do governo cingalês, Rajitha Senaratne, afirmou que "os serviços secretos internacionais informaram no dia 4 de abril que este incidente iria ocorrer no país, que haveria bombistas-suicidas a atacar vários locais. Em relatórios de talhados, disseram que os alvos seriam cristãos e católicos. igrejas, e também os destinos turísticos, hotéis".
As informações de pouco servem para quem agora começa a fazer o luto.
A inoperância do governo tem sido alvo de duras críticas. O governo, por sua vez, aponta o dedo aos serviços secretos nacionais.
"Neste momento, é uma situação terrível. Precisamos de muita reconciliação. Por um lado, temos pessoas que estão a sofrer muito . Por outro lado, há quem viva com medo do que possa acontecer a seguir.", conta um sacerdote local.
Na sequência dos atentados, a polícia deteve 24 suspeitos. Mais tarde viria a descobrir 87 detonadores de bombas escondidos numa estação de autocarros.
Nenhum grupo reivindicou ainda a autoria dos ataques. As investigações prosseguem e com elas a sensação de que a crise no Sri Lanka veio para ficar.