Rumo às Eleições Europeias: Metsovo

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Em mais uma etapa da nossa viagem rumo às europeias, os jornalistas da Euronews, Bryan Carter e Fay Doulgeri visitaram a cidade de Metsovo, no noroeste da Grécia

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Em Metsovo, o desemprego e o êxodo rural são realidades incontornáveis. Como em muitos lugares no país, o turismo garante uma receita significativa.

Alexandros Ioannou cresceu em Atenas. Há um ano deixou a vida na capital para assumir a gerência de uma adega local, um negócio da família.

"Apesar da crise, o turismo continua a crescer. É uma oportunidade para nós. Vim para cá para ajudar a empresa a ter mais rendimentos. Um aspeto com muito potencial são as exportações".

Meio milhão de garrafas saem todos os anos das linhas de produção da adega. Um quinto é exportado e a empresa acredita que com o “know-how” e os preços competitivos pode aumentar os lucros no futuro. Alexandros não acredita na influência da política neste tipo de empresas mas vai votar nas próximas eleições europeias

"Sou a favor da Europa, mas penso que foram cometidos erros dos dois lados. O FMI e a União Europeia não conseguiram entender a crise grega e os políticos gregos fizeram um trabalho muito pobre na implementação do que chamaram de “solução”. Eu provavelmente irei votar. Mas não sinto que o resultado vá trazer mudanças significativas".

Depois da adega da família de Alexandros, os repórteres da Euronews param numa das fábricas de queijo da cidade. Para produzir 170 toneladas de queijo por ano, a empresa emprega cerca de 20 trabalhadores. Alexan dros Tsourekas é um deles.

"Eu estudei na Universidade mas vim viver para aqui por causa da crise. Noutras circunstâncias poderia trabalhar na cidade ou continuar os meus estudos: fazer um mestrado ou um doutoramento. Os salários são muito baixos e não consigo viver noutro lugar. Mesmo em Ioannina, que fica a apenas 50 quilómetros daqui, é muito difícil. Em geral, os salários rondam os 600 a 700 euros no máximo. Aqui o salário é muito bom, cerca de 1000 euros".

Giorgos Tsompikos, o diretor da fábrica, diz que é um firme defensor da União Europeia e considera que a crise económica grega deve servir como um alerta para os produtores.

"Todos estes anos, a União Europeia ajudou muito os agricultores com os subsídios. Infelizmente, o nosso país não usou os fundos corretamente. Não foram aplicados tendo em conta o desenvolvimento do país".

As pequenas empresas são a espinha dorsal da economia grega, mas muitas delas ainda têm um logo caminho pela frente para a recuperação total.

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