Rumo às eleições europeias: Sófia

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A euronews continua a viagem pela Europa para auscultar os sentimentos dos europeus, antes das eleições europeias. O jornalista Bryan Carter está em Sófia, a capital da Bulgária.

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Estamos em Sófia, a capital da Bulgária. Centenas de pessoas manifestam-se nas ruas da cidade, no Dia do Trabalhador, para exortar o Governo a criar empregos dignos, a ter melhores acordos coletivos de trabalho e, naturalmente, a aumentar o salário mínimo na Bulgária. Este é o membro mais pobre da União Europeia, mas é também o país com o salário mínimo mais baixo da União, com apenas 286 euros por mês. Portanto, é claro que os trabalhadores e os sindicatos estão aqui para expressar as suas preocupações e para exortar o Governo a melhorar o emprego e os salários.

Instalámos o nosso sofá encarnado numa das praças do centro de Sófia para perceber como é que os búlgaros olham para o país e para a União Europeia.

Krasi Tsaleva, Assistente de Laboratório

"Para ser honesta, ainda não sei se vou votar. Estou desapontada com todos os políticos. Votei sempre, até agora, mas não há mais escolha, eles são todos iguais para mim, por pior que isso possa parecer. Dão esperança ao povo e depois não fazem nada."

Yiodan Mladenov, Motorista de autocarros

"No passado, houve muitas falhas, mas também houve algumas coisas boas. Parece-me que as políticas sociais para os trabalhadores eram melhores. Tínhamos, por exemplo, hotéis de férias geridos pelo Estado. Éramos mais bem pagos pelo trabalho que fazíamos. Conseguimos obter um aumento salarial significativo para os motoristas de autocarros, mas cada vez mais motoristas procuram trabalho no estrangeiro. Esta escassez de mão-de-obra significa que temos de trabalhar muitas horas extraordinárias e sem fazer pausas."

Evgenya Dimitrova, Trabalhadora dos correios

"A Europa pode fazer muito por nós, mudando as coisas e elevando os padrões sociais, para que a Bulgária possa atingir os mesmos padrões do resto da Europa."

Veselin Mitov, Líder Sindical

"Infelizmente, a adesão à União Europeia coincidiu com a crise financeira e, na Bulgária, a crise foi muito forte. Durante muitos anos, congelámos os salários, razão pela qual temos o salário mais baixo e agora tentamos recuperar o atraso e acelerar o crescimento dos salários. Infelizmente, não é suficiente e muitos búlgaros continuam a abandonar o país."

Vanga Grigorova, Economista

"Agora estamos no papel do Bangladesh europeu. Fazemos dumping social e dumping fiscal para os outros países da Europa. As empresas multinacionais são globais, pelo que não podemos resistir apenas do ponto de vista nacional, e é por isso que o nosso povo deve compreender que temos de agir como cidadãos europeus e não apenas como búlgaros."

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