A chefe da diplomacia de Bruxelas falou em uma "enorme preocupação" e garantiu que os compromissos assumidos nesta área continuam a ser uma das grandes prioridades do bloco
A União Europeia ficou “apreensiva” depois de Teerão anunciar o regresso ao enriquecimento de urânio e de dar dois meses às principais potências mundiais para negociarem um novo acordo nuclear.
Na resposta ao presidente iraniano, o bloco europeu rejeitou “qualquer ultimato" e prometeu avaliar os compromissos assumidos pelo Irão.
Federica Mogherini, chefe da diplomacia de Bruxelas, sublinhou o compromisso e empenho do bloco nesta área.
"Continuamos empenhados na plena implementação do Plano de Ação Conjunto Global" do acordo nuclear. É uma questão de segurança para nós e para o mundo inteiro. O investimento da União Europeia na não proliferação continua a ser uma prioridade absoluta. Até agora, temos visto o Irão a cumprir todos os compromissos no âmbito do acordo nuclear.
A decisão do Irão acontece exatamente um ano depois de Donald Trump anunciar a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015.
Numa declaração conjunta, divulgada esta quinta-feira por Mogherini, a UE, França, Alemanha e o Reino Unido sublinham o compromisso com a “preservação e a plena implementação" do Plano de Acção Conjunto Global, classificando-o como "uma conquista fundamental" para a segurança de todos.