Crise dos migrantes chega ao Tribunal de Justiça da União Europeia

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Organismo pesa o diferendo entre a Comissão Europeia e os países que rejeitaram as quotas de acolhimento de migrantes: Hungria, Polónia e Rep. Checa.

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O braço de ferro entre Bruxelas e Hungria, República Checa e Polónia por causa do acolhimento de migrantes chegou ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

2015 marcou o auge da crise, quando milhares de pessoas fugiram para escapar à violência, fome e miséria. Nesse ano, mais de um milhão de pessoas pediu asilo na Europa, mas nem todos os países quiseram abrir as portas. Já em 2018, os pedidos de asilo caíram para cerca de 630 mil.

Agora, Bruxelas acusa os três países membros do grupo de Visegrado de violar a lei em 2015 pela recusa em aceitar migrantes.

A Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker, espera que os três governos sejam multados.

"Concordámos, graças às capacidade de Donald Tusk, que a União Europeia devia realocar 40 mil pessoas e realojar 20 mil pessoas. Quer o façamos de forma obrigatória ou voluntária não é muito importante para mim", declarou.

No entanto, houve quem discordasse de Juncker, nomeadamente Viktor Orbán. O primeiro-ministro da Hungria acusa Bruxelas de chantagear os estados-membros.

"Prometo que enquanto for primeiro-ministro da Hungria, a vedação ao longo da fronteira a sul vai continuar. Desde que o Fidesz e os Democratas Cristãos governem a Hungria, o governo não vai ceder às chantagens de Bruxelas e vai rejeitar a imposição de quotas de migrantes", afirmou Orbán.

A voz de Viktor Orbán encontrou eco na Polónia e na República Checa, onde os governos também decidiram recusar a entrada de migrantes.

Para a Comissão Europeia, a posição dos três países constitui uma violação da lei. E assim deu entrada a queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a maioria dos migrantes que chegaram à Europa entre 2015 e 2016 eram provenientes do Médio Oriente.

Quase metade vieram da Síria, fugindo ao horror de uma guerra para encontrar depois várias portas da Europa fechadas.

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