Poderá Itália contribuir para abrandar a austeridade na UE?

Poderá Itália contribuir para abrandar a austeridade na UE?
Direitos de autor 
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Poderá Itália contribuir para abrandar a austeridade na UE?

PUBLICIDADE

Poderá a disciplina de ferro na aplicação do chamado pacto orçamental (Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governação) da União Europeia suavizar-se em breve?

O ressentimento com as medidas de austeridade é visto como um dos motivos para o aumento da extrema-direita nas eleições europeias, sobretudo em países do sul da zona euro, como França e Itália.

O vice-primeiro-ministro nacionalista italiano, Matteo Salvini, quer rever as regras do Tratado, o que é pouco provável, segundo um analista.

"Obviamente ninguém vai mudar o tratado. Até porque a Alemanha e os países da Liga Hanseática querem que se mantenha este rigor. O problema de Matteo Salvini é que ele é um exemplo muito mau do movimento anti-austeridade, porque o seu governo tem mostrado que, mesmo gastando mais dinheiro, a economia continuou a piorar", explicou, à euronews, o analista político Daniel Gros, do centro de estudos CEPS.

Os críticos da austeridade também se encontram noutras correntes ideológicas, como os socialistas e os verdes. Estes últimos aumentaram significativamente a sua representação no Parlamento Europeu, sendo a segunda força na Alemanha, um país tradicionalmente defensor de austeridade.

Mas a sua estratégia não passará pelos nacionalistas, acrescenta Daniel Gros: "Temo que a Itália esteja isolada e que vá permanecer isolada porque sua política não leva a lugar nenhum. Talvez aumente a frustração em Itália. Salvini vai levantar a voz, mas ninguém lhe vai dar ouvidos".

Dificilmente o governo de Roma contará com outros aliados nacionalistas nesta batalha, até porque alguns são de países de fora da zona euro como é o caso da Hungria e da Polónia.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Gentiloni: Mestre dos consensos na economia

Primeiro-ministro espanhol equaciona demitir-se devido a investigação contra a mulher

"Inútil": Conservadores europeus recusam-se a apresentar candidato principal nas eleições de junho