Braço-de-ferro entre França e Alemanha

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De  Nara Madeira
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Há desacordo, entre França e Alemanha, sobre quem deve assumir os principais cargos nas mais importantes instâncias europeias.

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Há desacordo entre França e Alemanha sobre quem deverá ser o próximo presidente da Comissão Europeia. Apesar de o clima ser positivo, entre os líderes durante a cimeira do bloco forte europeu, em Bruxelas, as duas potências parecem não estar em sintonia quanto a quem deve assumir os principais cargos nas mais importantes instâncias europeias:

"A chave, é as pessoas que assumirão os cargos mais sensíveis partilharem o projeto e serem as mais carismáticas, inventivas e competentes. Esta noite concluímos que não havia automaticidade em relação ao "Spitzenkandidat"", afirmou Emmanuel Macron, chefe de Estado gaulês.

Mas a chanceler Angela Merkel é a favor do chamado "Spitzenkandidat", que empurra um candidato do maior grupo no parlamento para a liderança. Merkel terá tido dificuldade em aceitar o "não" de Macron ao legislador alemão de centro-direita, Manfred Weber, que ela apoia:

"É evidente que o Grupo do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus continua a ser o grupo mais forte do Parlamento Europeu mas, ao mesmo tempo, é claro que também não há maioria no Parlamento Europeu, e agora cada um tem de decidir por si. Concordámos que não chegaríamos a uma decisão nesta sessão", adiantou Merkel.

Donald Tusk, no rescaldo das eleições Europeias da semana passada, lembrava as questões principais nesta corrida:

"Não tenho dúvidas de que uma das razões pelas quais as pessoas votaram, maioritariamente, em formações pró-europeias se deve também ao Brexit. Os europeus tiram as suas conclusões baseadas na forma como veem o que o Brexit significa, na prática. O Brexit tem sido uma vacina contra a propaganda anti-UE e contra as notícias falsas", tinha afirmado Tusk.

O braço-de-ferro, sobre quem deve assumir os cargos mais importantes na União Europeia, está longe de terminar, ainda que Tusk espere propor um novo nome, para cada cargo, em junho e tê-los aprovados, pelo novo Parlamento Europeu, em julho.

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