Estudantes europeus sem garantias pós-Brexit

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De  Amanda Cockley
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Governo britânico estuda alteração do regime e aumento das propinas para quem se inscrever na universidade a partir de 2020

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O Reino Unido tem algumas das mais bem cotadas universidades do mundo. É por isso destino de muitos estudantes da União Europeia. Com o Brexit à vista, as regras podem mudar, mas a informação tão vaga que até as universidades temem o impacto da falta de dados.

O departamento britânico de Educação anunciou no último ano que os estudantes vindos de outros países da União Europeia, que comecem um curso em 2019 vão manter os mesmos privilégios que os britânicos, subsídios de alojamento e acesso a crédito. Mas depois do Brexit, agora agendado para 31 de outubro, tudo pode mudar com a cobrança de propinas internacionais e a perda de apoio financeiro. Numa resposta à Euronews, as autoridades dizem que vão avisar os estudantes com antecedência da alteração das condições para o ano de 2020 e seguintes.

Sam Gyimah, antigo secretário de Estado do Ensino Superior no governo de Theresa May saiu do governo por ser contra o Brexit. Agora pede transparência e clarificação nas políticas para acolhimento de estudantes e avisa que a maior fatura pode vir a ser paga pelas universidades. "Mudar os estudantes da União Europeia para o sistema de propinas internacionais - que será muito mais dispendioso - e juntar a isso as alterações no sistema de imigração será mau para as universidades. Queremos uma clarificação rápida desta situação. No que toca às propinas, gostava de ver aplicada a tabela nacional, mas também quero ver o que vai ser feito em termos recíprocos para que os britânicos que qu eiram estudar no estrangeiro tenham também um regime de benefícios," afirma.

A União Europeia respondeu com firmeza à possibilidade dos estudantes dos 27 estados-membros passarem a pagar pela tabela dos estudantes internacionais. Bruxelas enviou uma carta à primeira-ministra britânica dizendo que os estudantes não podem ser vítimas do Brexit. Até agora, não há resposta pública.

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