Putin: "As guerras comerciais podem levar a guerras reais"

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De  Euronews
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Vladimir Putin e Xi Jiping unem esforços face às investidas comerciais de Washington. António Guterres alerta para os riscos de uma nova Guerra Fria.

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"As táticas agressivas dos Estados Unidos como a campanha desencadeada contra a Huawei vão levar a guerras comerciais e a possíveis guerras reais". É o alerta de Vladimir Putin, deixada no Fórum Económico de São Petersburgo ao lado do seu forte aliado, Xi Jinping.

O presidente russo acusou Washington de "agoísmo económico desenfreado" e afirmou: "O atual modelo de relações económicas está, infelizmente, em modo de crise e esta crise é compreensível. Quais são as fontes da crise? Creio que a razão principal é que o modelo de globalização que foi proposto no final do século XX é cada vez menos adaptado à nova realidade económica emergente".

Para o secretário-geral da ONU, é importante evitar que os Estados Unidos e a China se deixem enredar numa disputa comercial que pode ser perigosa. António Guterres declarou: "Acho que é nosso dever evitar que o mundo caia numa outra Guerra Fria, uma outra Guerra Fria de dois blocos que provavelmente ficariam completamente separados numa perspectiva monetária, militar e também a nível do comércio e da tecnologia. Isso seria extremamente perigoso para todos nós e precisamos de fazer tudo para evitá-lo."

Também o presidente chinês apela a uma solução. Vladimir Putin, por seu turno, aproveitou a ocasião para relançar a batalha contra o papel do dólar no sistema financeiro mundial, acusando Washington de "usar a moeda como instrumento de pressão".

Putin considera que “a confiança no dólar está a cair”, mas a Rússia continua a estar fortemente dependente da moeda norte-americana para o seu comércio externo. Moscovo tenta há vários diminuir a dependência do dólar, procurando usar moedas locais nas transações com outros importantes parceiros, como é o caso da China.

O clima de tensão entre a Rússia e os EUA subiu de tom depois de o governo norte-americano ter imposto drásticas sanções económicas a Moscovo.

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