Polícia russa detém Navalny, jornalistas e vários opositores

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De  Ricardo Figueira
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Nesta onda de repressão, no seguimento das manifestações pelo jornalista Ivan Golunov, terão sido detidas mais de 500 pessoas.

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Alexei Navalny, principal opositor político do presidente Vladimir Putin, está entre as mais de 500 pessoas detidas na Rússia, em manifestações contra a atuação policial no caso do jornalista Ivan Golunov.

Mesmo se o repórter foi libertado na terça-feira, depois de preso sob acusações de tráfico de droga, isso não acalmou a oposição, que denuncia manobras do Kremlin para a calar.

"Cada um de nós, como sabemos bem pelas nossas experiências, pode cair nas mãos do sistema repressivo, ser detido e ficar preso vários anos. Se não houver solidariedade e apoio da sociedade civil, o sistema vai quebrar-nos a todos, um a um", diz Serguei Udaltsov, líder de uma fação opositora esquerdista.

Ilia Azar, jornalista da "Novaya Gazeta", testemunhou as detenções: "Pensava que a polícia só iria prender quem empunhava cartazes com mensagens políticas, mas estamos a ver que estão a deter toda a gente, mesmo aqueles que só estão aqui parados ou a andar. Há muitos jornalistas detidos".

A libertação de Golunov foi um passo atrás inesperado, depois de toda a pressão mediática para que o jornalista, que já expôs vários casos de corrupção na câmara municipal de Moscovo, fosse libertado. Segundo testemunhas, a marcha por Golunov e contra o governo de Vladimir Putin juntou cerca de mil pessoas no centro da capital russa. Para Navalny, as entradas e saídas da prisão tornaram-se regulares nos últimos anos.

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