Autoridades alemãs anunciaram detenção de suposto vendedor da arma e intermediário, dois dias depois de Stephan Ernst confessar o crime
As autoridades alemãs efetuaram duas novas detenções relacionadas com o assassinato de Walter Lübcke, chefe do conselho administrativo do distrito de Kassel e membro da CDU da chanceler Angela Merkel, conhecido pela defesa de políticas pró-imigrantes e refugiados.
Stephan Ernst, um neonazi de 45 anos, tinha confessado na terça-feira ter morto a tiro Lübcke no início do mês, afirmando ter agido sozinho e não pertencer a nenhuma célula terrorista da extrema-direita.
Esta quinta-feira os investigadores anunciaram a detenção de um indíviduo de 64 anos, identificado com Elmar J., que terá vendido a arma do crime, e outro de 43 anos, Markus H., que terá agido como intermediário. Ambos são cidadãos alemães.
O procurador Markus Schmitt explicou que "a base da investigação contra os dois suspeitos foram as declarações feitas por Stephan Ernst", que "acusou" os dois homens e "indicou onde estava escondido armamento", bem como "a forma como recebeu armas" da parte de um deles.
Lübcke foi encontrado sem vida na varanda da sua casa, na localidade de Wolfhagen, a 2 de junho. Um crime que, para as autoridades alemãs, ilustra a ameaça do terrorismo de extrema-direita no país.