Perfil dos futuros líderes da UE

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Direitos de autor (Fotó: REUTERS/Piroschka Van De Wouw)
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De  Ricardo Borges de Carvalho
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A paridade entre géneros poderá chegar finalmente à cupula da União Europeia com duas mulheres a serem nomeadas para liderar pela 1ª vez a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu

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Ursula von der Leyen poderá ser a primeira mulher a presidir à Comissão Europeia.

A ministra de Defesa alemã não é uma estranha em Bruxelas, mas é apenas a segunda candidata ao lugar que nunca liderou um governo.

Tem, no entanto, excelentes credenciais para administrar a Comissão Europeia. Nasceu em Bruxelas, e além de alemão, fala inglês e francês. O seu pai participou na criação da Comissão Europeia em 1958.

Ursula pertence ao Partido Popular Europeu, a mesma família política de Jean-Claude Juncker ou Angela Merkel e que venceu as últimas eleições europeias.

Médica, entrou no mundo da política nos anos 2000 e integrou o governo de Angela Merkel em 2005 como Ministra da Família. Nos últimos anos, o seu mandato já como ministra da Defesa tem sido pontuado por alguns escândalos, mas nem isso impediu que emergisse como possível sucessora de Angela Merkel à frente do governo alemão. Agora poderá trocar Berlim por Bruxelas.

Charles Michel

Considerado por muitos como um criador de consensos, o ex-primeiro-ministro belga, Charles Michel, terá agora uma boa oportunidade para testar as suas capacidades e conseguir o apoio dos estados membros para ser eleito como novo presidente do Conselho Europeu.

Em 2014, o líder liberal conseguiu formar um governo de coligação que, pela primeira vez em vinte e cinco anos, deixou de fora o Partido Socialista Francófono.

O seu governo ficou marcado por políticas anti-imigração implementadas por um dos parceiros de governo, o partido nacionalista Nova Aliança Flamenga. Um assunto que provocou a queda do Executivo e a demissão de Charles Michel em dezembro do ano passado. Se aprovado, o ex-governante belga vai assumir o cargo de Presidente do Conselho Europeu no final do mandato do checo Donald Tusk, a um de dezembro deste ano.

Christine Lagarde

Outra das nomeadas mais conhecidas é a francesa Christine Lagarde, a até agora diretora do Fundo Monetário Internacional.

Em 2011, a advogada tornou-se na primeira mulher a liderar o FMI, depois de ter sido ministra das Finanças de França.

Ao longo da sua carreira, tem estado envolvida nalgumas polémicas. Como quando disse aos gregos para pagarem os seus impostos a meio da grave crise financeira que afetou o país ou por ter sido culpada de negligência num caso entre o Estado francês e o empresário Bernard Tapie.

Ainda assim, tem sido uma pioneira. Foi a primeira ministra das Finanças de uma economia dos G8, o grupo dos oito países mais industrializados do mundo, a primeira a liderar o FMI, falta agora confirmar se sucede ao italiano Mario Draghi e se torna também na primeira mulher a liderar o Banco Central Europeu.

Josep Borrel

Falta ainda falar sobre o possível sucessor de Federica Mogherini como Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell.

O atual ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, tem 72 anos, e é bem conhecido da política europeia, já que presidiu ao Parlamento Europeu entre 2004 e 2007.

A carreira política deste engenheiro aeronáutico passou também por ser Ministro das Obras Públicas e Transportes de Espanha durante os anos noventa.

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Nascido no município catalão de La Pobla de Segur, é uma das vozes mais críticas à tentativa de secessão da Catalunha em 2017. Se o Parlamento aprovar a escolha, o socialista Borrell será também vice-presidente da Comissão Europeia.

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