Os eurodeputados têm a última palavra, depois de conhecidos os nomeados pelos chefes de Estado e de governo da UE
David Sassoli, para o Parlamento Europeu, e Ursula von der Leyen, para a Comissão Europeia, foram os candidatos escolhidos pelos chefes de Estado e de governo dos 28. O italiano já viu a eleição confirmada. António Tajani passou a pasta ao seu compatriota. Sassoli, um florentino com 63 anos, antigo jornalista e há 10 anos eurodeputado eleito pelo partido democrático de Itália.
No discurso de posse, o italiano apontou o caminho para uma necessária reforma da União Europeia.
"Ninguém pode estar contente com o que temos. Devemos recuperar o espírito dos fundadadores, que souberam por de parte as hostilidades da guerra e por fim aos falhanços do nacionalismo, dando-nos um projeto capaz de combinar paz, democracia e o Estado de Direito," disse David Sassoli que assumiu de imediato o cargo à frente do Parlamento. Uma vantagem face à alemã nomeada para a presidência da Comissão Europeia.
Ursula von der Leyen foi escolhida esta terça-feira, mas a votação de confirmação em Estrasburgo só vai acontecer dentro de duas semanas. Até lá, a ministra alemã da Defesa e vice-presidente da CDU está em campanha.
"Decidi que a minha primeira etapa seria aqui, em Estrasburgo, para conhecer o Parlamento europeu e iniciar conversações imediatas com o deputados, porque é aqui neste parlamento que bate o coração da democracia europeia," justificou Leyen em Estrasburgo.
Para se tornar presidente da Comissão Europeia, a nomeada terá de conseguir a aprovação do Parlamento Europeu. A nomeação para a comissão é vista como uma influência do presidente francês, que recusou aprovar o candidato inicial do Partido Popular Europeu, Manfred Webber.