Matteo Salvini rejeita a entrada de navios humanitários de resgate em Itália.
Contra vontade do governo italiano, o Alex, operado pela ONG italiana Mediterranea Saving Humans acabou mesmo por aportar em Lampedusa, na Sicília, sem autorização. A bordo do navio humanitário Alex estavam 41 pessoas resgatadas das águas do Mediterrâneo que acabaram por desembarcar este domingo.
Os migrantes foram encaminhados para um centro de reagrupamento e a embarcação foi confiscada.
Apesar do apelo do governo alemão para Itália abrir os portos, o ministro italiano do Interior mantém-se irredutível. "Portanto, estimado governo alemão, não estou a reabrir os portos italianos, e em particular se forem vocês a pedi-lo", afirmou Salvini, ameaçando levar todas os migrantes a bordo para a embaixada germânica. Uma medida que o ministro do Interior diz estar disposto a aplicar em relação a qualquer outro país, especialmente se for europeu.
Com a entrada forçada em Lampedusa, comandante, operador e proprietário arriscam ser sujeitos a multas até 50 mil euros.
Um risco que a tripulação do Alex enfrenta por alegadamente não ter condições para chegar até Malta, onde tinha autorização para desembarcar. Ao contrário do navio humanitário Sea-Eye, a caminho do país com 65 migrantes a bordo.