A intervenção do Papa acontece numa altura em que a União Europeia e as ONG apertam o cerco a Matteo Salvini
O Papa Francisco celebrou uma missa dedicada aos migrantes e a todas as pessoas envolvidas nas operações de resgate. Na Basílica de São Pedro, o chefe da Igreja Católica lembrou o sexto aniversário da viagem que fez à ilha de Lampedusa e falou dos migrantes como "os excluídos da sociedade".
"São os últimos, os abandonados e enganados para morrerem no deserto. São os últimos, os torturados, abusados e violados nos campos de detenção. São os últimos a enfrentar as ondas de um mar implacável. São os últimos, deixados nos campos durante demasiado tempo para serem considerados temporários.
Durante a missa, Francisco lembrou os socorristas que salvam vidas no Mediterrâneo, afirmando que está em causa "uma grande responsabilidade e que ninguém pode estar isento".
A intervenção do Papa acontece numa altura em que a União Europeia e as organizações não-governamentais apertam o cerco a Matteo Salvini e depois do barco da ONG italiana Mediterrânea ter atracado no porto de Lampedusa.
O desembarque dos 41 migrantes a bordo da embarcação aconteceu sem autorização das autoridades de Roma, que insistem na “política de portos fechados”.