Investigadores brasileiros criam armadilha para mosquito do dengue

Investigadores brasileiros criam armadilha para mosquito do dengue
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Investigadores brasileiros criaram uma caixa para apanhar mosquitos responsáveis pela transmissão de dengue, chikungunya e zika.

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Com menos de um centímetro de comprimento, o Aedes Aegypti tornou-se famoso em todo o mundo. É o responsável pela transmissão de dengue, chikungunya e zika, doenças que, de acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, até à primeira quinzena de junho, já mataram 410 pessoas no país.

Atraída por águas paradas,a fêmea do mosquito reproduz-se em meio aquático, desde água num vaso, à tampa de um refrigerante, o que faz do ambiente doméstico um um foco de atração.

Para poder apanhar estes insetos na própria casa, Ivo Carlos Correa tentou perceber de que maneira os mosquitos são atraídos pela luz. Com aparelho que mede a sensibilidade à luz, mostra uma gráfico que "mostra a sensibilidade à luz da fêmea do Aedes, que é a transmissora das arboviroses, das doenças. Um pico da sensibilidade é no verde e pouco fica nos 450, 455, em amarelo".

Através de um conjunto de luzes LED coloridas, as fêmeas da espécie são atraídas para uma caixa. Aí, são sugadas por uma ventoinha para uma rede eletrificada, de onde se o choque não for suficiente, passam para uma película onde ficam presas acabando por morrer.

A armadilha não usa produtos químicos, precisa apenas de ser ligada à eletricidade. O que a experiência realmente descobriu foi por que cores são estes insetos mais atraídos.

A investigadora Mônica Ferreira Moreira fez um teste cromático com variações de intensidade. "Três experiências com a intensidade menor, três experiências com a intensidade média, três expreriências com a intensidade mais alta. De todas as cores, do amarelo, do azul e do verde. E isso deu-nos um resultado muito distinto, em que o verde apanha 19 mosquitos, o amarelo apanha 14, 15, o azul apanha um pouco mais, apanha à volta de 15, 16", revela.

Com o aquecimento global, é provável que doenças transmitidas por este mosquito passem a ser comuns em regiões como a América do Norte, ou a Europa.

A prevenção continua a ser o melhor remédio. Razão pela qual a equipa de investigadores já patenteou o dispositivo e espera começar em breve a produção.

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