Pedro Sánchez enfrenta voto de investidura ainda sem acordo

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Direitos de autor REUTERS/Francois Lenoir
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De  João Paulo Godinho
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O líder socialista tem negociado com o Unidas Podemos, de Pablo Iglesias, mas está dependente de outras formações regionais para conseguir a maioria.

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Quase três meses depois das eleições legislativas em Espanha, realizadas a 28 de abril, Pedro Sánchez vai apresentar esta segunda-feira no parlamento o programa de governo do PSOE. Em jogo está a investidura do líder socialista como presidente do governo e a votação está marcada para terça-feira.

No entanto, a aprovação está longe de estar garantida depois dos avanços e recuos nas negociações com o Unidas Podemos, de Pablo Iglesias. Apesar do impasse, o líder do partido de extrema-esquerda aumentou as chances de viabilização de um acordo. Iglesias anunciou que renunciava a um cargo de ministro, tal como Pedro Sanchez queria.

O PSOE parte com 123 dos 350 deputados e precisa de uma maiora absoluta de mais de 175 assentos para conseguir a investidura à primeira já esta terça-feira.

Os 42 lugares do Unidas Podemos também não são suficientes para este caso e exigem o voto favorável de outros partidos.

Os partidos de direita, Partido Popular (PP), Cidadãos (liberais) e Vox (radicais), já disseram que vão votar contra, o que implica que, para ser eleito, Sánchez depende de um acordo que ainda tem de negociar com o Unidas Podemos e outros partidos regionais.

Se essa meta não for alcançada, Sanchez volta a ter uma segunda oportunidade dois dias depois.

Aqui basta somente uma maioria simples, com mais votos favoráveis do que contra, o que permite que as possíveis abstenções de independentistas catalães (ERC) e nacionalistas bascos (PNV) entrem nas contas de forma decisiva.

No caso de um segundo fracasso, o rei Filipe VI pode propor outros candidatos à chefia do governo, mas este é um cenário aparentemente descartado.

Por fim, se após dois meses do primeiro voto para a investidura nenhum candidato tiver obtido a confiança do parlamento, o rei espanhol dissolve a assembleia e atira o país para novas eleições. Os prazos legais reservam assim as hipotéticas eleições para novembro. Segundo as sondagens de junho, o PSOE ficaria à beira dos 40% e mais perto da maioria absoluta.

Nas legislativas do passado mês de abril, o PSOE obteve 123 deputados (28,68% dos votos), o PP 66 (16,70%), o Cidadãos 57 (15,86%), a coligação Unidas Podemos 42 (14,31%) e o Vox 24 (10,26%), tendo os restantes deputados sido eleitos em listas de formações regionais, o que inclui partidos nacionalistas e independentistas.

A acontecer o cenário de uma nova votação, será a quarta vez em quatro anos que os espanhóis são chamados às urnas para eleger um parlamento.

Outras fontes • LUSA / Expresso

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