Agentes da Santa Sé lideram a investigação do mistério que envolve ainda as tumbas vazias de duas princesas alegadamente ali sepultadas desde o séc. XIX
Estão em curso análises forenses no Campo Teutónico, o cemitério exclusivo existente dentro do Vaticano, que procuram dar explicações ao mistério do desaparecimento há mais de 36 anos da então adolescente Emanuela Orlandi.
Na sequência de uma denúncia anónima enviada à família da vítima e com autorização do Papa Francisco, a 11 de julho foram abertas duas tumbas a cerca de 200 metros da casa onde vivia Emanuela.
Após a descoberta nove dias depois de ossadas suspeitas, a Santa Sé decidiu aprofundar a investigação.
As tumbas onde se julgava estarem sepultadas desde o século XIX as princesas Sophie von Hohenlohe e Carlotta Federica de Mecklenburg afinal estavam vazias e não muito longe foram descobertas as ossadas.
A análise morfológica dos restos mortais agora recuperados foi iniciada no sábado e prossegue este domingo, sob liderança do professor Giovanni Arcudi. Espera-se conseguir identificar a idade dos ossos
Filha de um funcionário do Papa João Paulo II, Emanuela Orlandi tinha 15 anos quando desapareceu a 22 de junho de 1983 após uma aula de flauta.
As suspeitas envolvem suspeitas de crime organizado e implicam inclusive o homem que tentou assassinar João Paulo II em 1981, ali Agca.
Numa carta enviada aos meioos de comunicação, o terrorista turco alega aliás que Emanuela Orlandi está viva e bem de saúde, e implicou os serviços secretos americanos no mistério, garantindo que a CIA detém documentos secretos sobre o caso.