ONU alerta para aumento das violações dos direitos das crianças

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De  João Paulo Godinho
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Relatório das Nações Unidas revela a existência de mais de 24 mil infrações aos direitos das crianças em situações de conflito armado em todo o mundo.

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As Nações Unidas (ONU) divulgaram o relatório anual sobre crianças e conflitos armados e alertaram a comunidade internacional para o aumento das violações dos direitos das crianças em 2018 a nível mundial.

O documento, que será debatido pelo Conselho de Segurança em 02 de agosto, apontou para a existência de mais de 24 mil casos de violações de direitos, entre os quais mais de 12 mil corresponderam mesmo a mortes ou mutilações.

No entanto, o documento já foi alvo de críticas pelas organizações de direitos humanos, que acusam a ONU de omitir vários países responsáveis por violações graves dos direitos das crianças da lista de infratores.

Entre as outras categorias observadas pelas Nações Unidas incluem-se também raptos, abusos sexuais, obstrução de acesso a ajuda humanitária e recrutamento de menores para combate.

Um dos principais focos de preocupação está agora na Somália. Com o conflito armado a agravar-se, cresceu também a ação de grupos terroristas, como o Al Shabab, no uso de crianças na guerra. Virginia Gamba, representante especial da ONU para Crianças e Conflitos Armados, vincou que "a única situação em que todos os números de violações estão muito altos é na Somália", deixando, por isso, um apelo à vigilância da comunidade internacional.

No entanto, o país africano não é um caso isolado. Também no Iémen a situação agravou-se no último ano, com mais de 1600 crianças mortas ou feridas devido à guerra que assola o país. Estes números foram conhecidos um dia depois de um ataque a um mercado no norte do país que fez 14 mortos, incluindo quatro crianças.

No topo da lista de países com mais crianças vítimas de conflitos armados ficaram o Afeganistão e a Síria. O relatório não contempla sanções para os países e forças responsáveis pelas violações de direitos, mas espera promover uma mudança de atitude e uma maior proteção das crianças.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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