Chefe da diplomacia alemã pediu desculpa ao povo polaco
Em Varsóvia fez-se esta quinta-feira um minuto de silêncio para assinalar os 75 anos da insurreição de 1944.
A 1 de agosto desse ano, entre 20 a 50 mil soldados mal armados do exército clandestino AK rebelaram-se contra o ocupante nazi, quando as tropas soviéticas se encontravam às portas da cidade.
Algumas feridas continuam por sarar, como lembrou o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Jacek Czaputowicz: " O mal feito à Polónia e aos polacos não foi reparado. Os polacos tiveram de reconstruir, eles próprios, através do trabalho e do esforço, a capital destruída. Este fato é uma ilustração clara do problema mais abrangente que nos impede de considerarmos o tema da reparação da guerra como uma matéria fechada."
Sem referir a indemnização económica que Varsóvia reclama da Alemanha, o chefe da diplomacia alemã, Heiko Mass, pediu desculpa ao povo polaco: "A responsabilidade da Alemanha não se aplica só a Varsóvia. Em outras partes do país também foram demolidas cidades e arrasadas aldeias inteiras. A população foi expulsa para criar o 'lebensraum', um chamado espaço de vida para os alemães."
A data é assinalada todos os anos com atos públicos, concertos e conferências.
Em 1944, durante 63 dias de resistência polaca, e com o Exército Vermelho de Estaline a optar por não intervir, foram mortos 200 mil civis. A rendição às forças alemãs aconteceu a 2 de outubro.
Os combates deixaram Varsóvia em ruínas. A cidade foi depois arrasada antes de Hitler ordenar a retirada do Exército.