Hassan Rouhani garante que Irão vai ultrapassar sanções dos EUA

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De  João Paulo Godinho
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Presidente iraniano assume que o país pode sofrer por mais alguns meses ou mesmo um ano, mas que irá eventualmente superar os constrangimentos.

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Sob o peso das sanções dos Estados Unidos, o Irão prossegue as negociações com várias potências mundiais para salvar o polémico Acordo Nuclear.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zariff, foi o último alvo de Washington. No entanto, as sanções americanas ao chefe da diplomacia mereceram o repúdio da União Europeia.

Já o presidente iraniano, Hassan Rouhani, garantiu esta quinta-feira que o país está preparado para o pior e que vai 'sair por cima'.

"Estamos atualmente a conversar com alguns países. Temos estado a discutir, apresentaram-nos algumas propostas, mas não as considerámos equilibradas. Não as aceitamos nem aprovamos. Contudo, vamos, definitivamente, prevalecer neste confronto. Não tenho dúvidas. Os problemas podem durar seis meses, um ano, mas nós podemos superar estes problemas", afirmou o líder iraniano.

Além das tensões sobre o acordo nuclear, a recente apreensão de um navio britânico pelas forças iranianas no estreito de Ormuz deixou a comunidade internacional em alerta.

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, uma eventual guerra no Médio Oriente pode ser um desastre de repercussões mundiais.

"Mais uma vez, peço a todas as partes que se abstenham de quaisquer ações que aumentem ainda mais as tensões. A última coisa de que o mundo precisa é de um confronto no Golfo, que terá implicações devastadoras na segurança e na economia a nível global", declarou.

Um dos interlocutores privilegiados de Teerão é a Rússia, que acusou a administração americana de "arranjar pretextos para atacar" o Irão. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, lamentou ainda a "retórica agressiva" contra o regime iraniano.

Com a denúncia do Acordo Nuclear pelos Estados Unidos no ano passado, a pressão sobre o regime de Teerão parece estar para durar.

Outras fontes • Reuters

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