EUA classificam a China de "manipuladora cambial"

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De  Pedro Sacadura com Reuters
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Desvalorização do yuan provocou uma maré vermelha nos mercados financeiros internacionais

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Os EUA classificaram oficialmente a China de "manipuladora cambial." De acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro, o secretário Steve Mnuchin "atuará com o Fundo Monetário Internacional para eliminar as vantagens competitivas criadas pelas últimas ações de Pequim."

Esta segunda-feira, a moeda chinesa desvalorizou e muito. O dólar passou a valer mais de sete yuans, algo que não acontecia há uma década, rompendo a barreira psicológica dos investidores. Enfurecido, Donald Trump apressou-se a apontar baterias no Twitter.

As bolsas europeias traduziram os receios de uma escalada da guerra comercial e em Wall Street também se viveu uma segunda-feira negra, com os mercados bolsistas a registarem uma das piores quedas do ano.

"Penso que a China está a enviar uma mensagem de que basta. E o número sete foi sempre psicologicamente importante. Não sei se economicamente é assim tão importante, mas psicologicamente foi sempre a linha de água", sublinha Oliver Pursche, estrategista-chefe do Bruderman Asset Management.

A desvalorização histórica ocorre no rescaldo do anúncio do presidente dos EUA de novas tarifas de mais 10% sobre os produtos chineses.

Em comunicado, o Banco Central da China justificou a desvalorização do yuan com medidas "unilaterais e protecionistas", adotadas pelo governo americano.

Esta é a primeira vez que um país classifica outra nação de "manipuladora cambial" desde que Bill Clinton o fez à China em 1994.

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