Sérvia está à porta da União Europeia mas pode não entrar

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De  Jack Parrock
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O Kosovo pode ser a chave que falta

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Onde os rios Danúbio e Sava se juntam, as posições políticas sobre o futuro da Sérvia e a potencial adesão à União Europeia (UE) dividem-se. A extrema direita do Partido Radical sérvio insiste que o país devia voltar costas a Bruxelas e desistir do processo de adesão.

Aleksandar Šešelj, deputado radical, é peremptório em dizer que a UE não tem lugar para a Sérvia. "Eles vão usar-nos apenas para alcançarem o que querem e eles querem ver o Kosovo como um membro de pleno direito das Nações Unidas. Pensamos que isso não é aceitável," afirma.

Ultra-nacionalista, o Partido Radical defende que o país deve ter outra orientação. No mapa geo-político, a bússola aponta para nordeste, para a Rússia. A questão da independência do Kosovo pode ser decisiva. A maior parte dos partidos não está disposta a reconhecer o território como um Estado independente, por ser considerado o berço da Nação.

É o que diz o líder do Partido Radical, Vojislav Šešelj, que foi condenado em Haia pelo Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia por crimes contra a Humanidade, em 1992.

Organizações pró-europeias tentam contrariar a campanha negativa. Preferem destacar os benefícios económicos e sociais da adesão à União Europeia.

Mihailo Crnobrnja, presidente do Movimento Europeu sérvio diz que “é o caminho menos desfavorável. Há mais vantagens para estabelecer parcerias com a Rússia, China ou Índia."

Antes, a adesão à NATO pode abrir a porta de entrada na União Europeia. Essa é a convicção em Belgrado, mas a memória dos bombardeamentos da Aliança Atlântica dutrante a guerra ainda está fresca.

Por outro lado, o governo pisca o olho às instituições em Bruxelas, mas continua a fazer negócios com a Rússia. Fez manchetes a compra recente de armamento a Moscovo.

Um relatório recente do gabinete sérvio de Estudos Sociais dá conta que dois terços das pessoas são apolíticas - não se interessam pelo processo político. Isso não quer dizer que não votem. A maioria assume que votou e vai votar para manter o regime estabelecido do partido progressista do presidente Aleksandar Vučić. Os próximos tempos são dcisivos para se perceber se avança ou desiste do processo de adesão à União Europeia.

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