Em entrevista à euronews, o chefe de governo albanês criticou a oposição pelo boicote eleitoral.
Edi Rama permanece inabalável. O primeiro-ministro da Albânia organizou eleições municipais contra a vontade da oposição. Em entrevista à euronews, o chefe de governo socialista criticou a oposição pelo boicote eleitoral.
"Em democracia, não são os partidos que decidem se há ou não eleições. Não são as minorias que impedem a maioria de organizar eleições. Os principais partidos políticos decidiram infelizmente boicotar as eleições. Foi uma estratégia suicidária para eles, prejudicial para as pessoas e má para o país", disse Edi Rama à euronews.
Crise política desde fevereiro
A Albânia vive uma crise política desde fevereiro. Os deputados de direita demitiram-se do parlamento e houve manifestações, por vezes violentas, para exigir a demissão o chefe do governo. A oposição acusa Edi Rama de ter mantido laços com grupos criminosos em eleições anteriores.
Num país que ambiciona aderir à União Europeia, as eleições são vistas como um teste à democracia.
"O nosso papel não é dizer se o voto de 30 de junho foi legal ou ilegal. Esse é o papel do sistema albanês. Nós seguimos de perto o processo eleitoral. O que nos preocupa é que o eleitorado albanês ficou privado de alternativas. Por isso, é fundamental haver uma reforma do sistema eleitoral", disse Luigi Soreca, embaixador da União Europeia na Albânia.
O Conselho Europeu deverá anunciar no outono se abre ou não negociações de adesão com a Albânia.