O destino do Teatro Nacional da Albânia

O destino do Teatro Nacional da Albânia
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De  Patricia Tavares
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Manifestantes que decidiram ocupar o edifício, construído em 1939, continuam sentados na fila da frente do protesto .Travam uma batalha contra o governo que pretende derrubar o edifício e construir um novo.

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O destino do teatro nacional da Albânia, construído em 1939, continua incerto, mas os manifestantes que decidiram ocupar o edifício continuam sentados na fila da frente do protesto.

Travam uma batalha contra o governo que pretende derrubar o edifício e construir um novo, juntamente com um bloco de torres que serão propriedade de investidores privados. Também estão contra o concurso para a reconstrução que adquiriu um carácter político.

“Não houve consulta pública, ninguém quer saber o que os artistas e o que os cidadãos sentem... Isto transformou-se numa luta para proteger e preservar a democracia neste país e para acabar com a aliança entre empresas e políticos corruptos”
Kastriot Tipi
Diretor do Teatro

A ocupação do teatro teve início em julho e as autoridades começaram a retirar tudo do interior do edifício o que deu origem a pequenos conflitos. Atores voluntários têm feito 3 espectáculos por semana, para angariar fundos para esta campanha.

“Respondemos à violência através da arte e esta é a mensagem mais importante que o teatro pode dar à política”
Taulanda Jupi
Universidade de Tirana

As autoridades dizem que o teatro é muito quente no verão e muito frio no inverno e que grande parte da comunidade artística da Albânia, que recebe financiamento do governo, está por detrás desta necessidade de construir um novo teatro.

"As pessoas que ocupam este espaço dizem que não se trata apenas de proteger a construção física do teatro nacional, mas também de proteger a sua história. Foi o local onde tiveram lugar os primeiros julgamentos comunistas, depois da libertação da Albânia do regime nazi, em 1945."
Jack Parrock
Euronews

Acusam o primeiro-ministro albanês de falta de transparência na condução do projeto. E dizem que a cedência do restante terreno a investidores privados para a construção de prédios residenciais não leva em conta os direitos do povo de Tirana.

O primeiro-ministro do país, Edi Rama, diz que todo o processo está dentro das regras. "O processo foi revisto pela Comissão Europeia e aprovado com a condição de haver um concurso público e o concurso está lançado... O resto é o que já se sabe..."

A prova de força entre as duas partes continua, mas espera-se a queda do pano e que o futuro do Teatro Nacional da Albânia fique decidido.

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