Dezenas de milhares de passageiros ficaram em terra.
O aeroporto de Hong Kong esteve, pelo segundo dia consecutivo, praticamente bloqueado por causa dos protestos pró-democracia, que desde há vários dias elegeram este local, essencial para o turismo e para os negócios do território, como palco principal. Os manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia e há vários feridos. Grupos ergueram barricadas para impedir os passageiros de chegar aos terminais. Estas e outras ações levaram à anulação de centenas de voos, o que deixou dezenas de milhares de passageiros em terra. Segunda-feira, o aeroporto chegou a anular todos os voos de partida.
Esta onda de contestação começou com a lei que previa a extradição, praticamente sem barreiras, de pessoas procuradas na China continental. Mesmo depois de adiada a medida, continuaram os protestos pela democracia e por uma total autonomia em relação à China.
"A Alta Comissária Michèle Bachelet pede às autoridades e ao povo de Hong Kong que se envolva num diálogo aberto e inclusivo, com o objetivo de resolver todos os assuntos de forma pacífica. É isso apenas que pedimos: diálogo", disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
Também os trabalhadores de um dos principais hospitais de Hong Kong se manifestaram contra a violência policial. A Chefe do Governo, Carrie Lam, já disse que o território corre o risco de ser esmagado. Enquanto isso, a China concentra tanques de guerra numa zona junto à fronteira.