Aniversário da invasão soviética da Checoslováquia, na noite de 20 para 21 de agosto de 1968. A “Operação Danúbio” esmagou as reformas da "Primavera de Praga" e a ideia de um socialismo compatível com a liberdade de opinião.
Um dia de verão em que se assinalam os dias em torno da "Primavera de Praga". Vinte e um de agosto de 2019 foi dia de marcha na cidade, também em memória das vítimas de um protesto contra o governo, em 1969.
Estas manifestações em massa ficaram marcadas pela violência das forças policiais que fez cinco mortos e deixou vários feridos. Mais de quatro mil pessoas participaram neste evento e reavivaram a memória do mundo na Praça Venceslau, antes de seguirem para o Castelo de Praga, num protesto contra a atual situação política no país.
Este dia assinalou também o aniversário da invasão soviética da Checoslováquia, na noite de 20 para 21 de agosto de 1968. A “Operação Danúbio” esmagou as reformas da Primavera de Praga e a ideia de um socialismo compatível com a liberdade de opinião. Praga tinha ignorado as advertências para recuar nestas reformas e os exércitos do Pacto de Varsóvia, liderados pelos soviéticos, acabaram com o sonho, mas não com a esperança durante os mais de 20 anos de ocupação.
Uma esperança que levou à Revolução de Veludo, em 1989. Uma revolução que pôs fim ao comunismo e assistiu à eleição de Vaclav Havel, um ícone e um defensor da resistência não-violenta.
Vaclav Havel foi o último presidente da Checoslováquia e o primeiro da República Checa. Trinta anos depois, ativistas do país preparam uma nova manifestação para novembro, na véspera do Dia da Luta pela Liberdade e pela Democracia.