Boris Johnson perde maioria no parlamento

Boris Johnson perde maioria no parlamento
Direitos de autor  Parliament TV via REUTERS
Direitos de autor  Parliament TV via REUTERS
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O primeiro-ministro britânico também perdeu o apoio dos chamados "Conservadores rebeldes"

PUBLICIDADE

Dia de longa batalha no parlamento britânico. A primeira batalha de Boris Johnson que, logo no início da tarde, ficou a perder na contagem das espingardas. O Partido Conservador perdeu a maioria no Parlamento britânico. Philip Lee, ex-membro do governo de Theresa May (foi ministro-adjunto e secretário de Estado da justiça), abandona os conservadores e juntou-se aos liberais-democratas

Philip Lee sentou-se ao lado da líder do Partido Liberal Democrata, Jo Swinson, que sublinha a oportunidade do momento para "prevenir um Brexit desastroso".

A deserção de Philip Lee aconteceu durante a intervenção de Boris Johnson no Parlamento. O primeiro-ministro tinha agendado um discurso sobre as matérias discutidas na cimeira do G7, mas acabou por passar a maior parte do tempo a defender as virtudes da proposta que o governo vai esta tarde submeter a votação.

Boris Johnson repetiu os argumentos. Diz que "todos no governo querem um acordo", mas lembra que o parlamento "já rejeitou o acordo de saída por três vezes" e insiste que "um entendimento futuro tem de incluir a abolição do anti-democrático backstop".

Boris Johnson garante que o Reino Unido está preparado para sair da União Europeia sem acordo.

Opinião que isola o governo. Jeremy Corbyn quis desmontar o optimismo do primeiro-ministro.

"Depois destes encontros [com os líderes europeus], o primeiro-ministro emitiu um comunicado optimista a dizer que as possibilidades de um acordo estava, nas suas palavras, a melhorar. O optimismo não era partilhado pelos restantes participantes europeus. O primeiro-ministro falou de progresso, mas os líderes da União Europeia sublinharam que o governo não apresentou novas propostas," afirmou Corbyn.

Sem a maioria no parlamento e sem o apoio dos chamados "Conservadores rebeldes", os deputados que estão contra um Brexit sem acordo, a dúvida já não é saber se a proposta do governo vai ou não passar. Com um chumbo certo, fica apenas a interrogação: vai Boris Johnson convocar ainda hoje eleições. Para isso precisa de uma maioria de dois terços, mas a oposição, que quer antecipar as eleições, já veio dizer que não está disponível para atender às urgências de Boris Johnson.

(em atualização)

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Irmão de Boris Johnson demite-se e abandona governo

Libra esterlina continua em queda

Brexit: Parlamento britânico desafia Boris Johnson