Os acessos ao "Teto da Europa" estão limitados ao número de lugares disponíveis nos refúgios da montanha. Não sobem mais do que 214 pessoas por dia.
Para evitar a desordem, o lixo e o impacto ambiental, o acesso ao teto da Europa foi regulamentado. Subir ao Monte Branco só será possível agora com a prova da reserva feita num dos três refúgios do percurso.
A brigada branca faz cumprir as regras. Christophe Delachat conta as razões destas medidas restritivas: "Os alpinistas subiam por qualquer sítio, de qualquer maneira, acampavam ao redor dos refúgios, e havia mais de 260 pessoas todos os dias. Tínhamos de passar no meio dos excrementos para chegar ao Monte Branco. Estava tudo sujo, muito sujo, as pessoas não levavam o lixo para baixo".
Agora os acessos são limitados. Não sobem mais do que 214 pessoas por dia, o número de lugares disponíveis nos refúgios Nid d'aigle, Tête Rousse e Goûter.
"Isto é bom para o meio ambiente, é bom para o local, acrescenta valor, ajuda a proteger o meio ambiente e evita que se torne uma auto-estrada de turistas que venham fazer disparates", diz um alpinista francês.
Outro acrescenta: "Há uma tal loucura por este cume que temos agora de viver com estas novas regras e, por vezes é demasiado, gostaríamos que a montanha fosse um espaço um pouco mais livre".
Os autarcas queixam-se de falta de mecanismo para impor regras: "O problema é que as sanções não existem. Não há nenhuma lei que proíba as pessoas de subir ao Monte Branco com uma bicicleta ou com o que quer que seja. Assim, há pessoas que agem de má-fé e que dizem: "Se não é proibido, é permitido", diz o autarca de Saint Gervais Les Bains, Jean-Marc Peillex, que cansado da incivilidade das pessoas decidiu criar as Brigadas Brancas.
Mas, no Monte Branco só não é proíbido respeitá-lo como um santuário da natureza.