Falência da gigante do turismo deixa centenas de milhares de passageiros em terra.
Ao contrário dos ocupantes de um avião da Thomas Cook que aterrou em Manchester, milhares de clientes da agência de turismo britânica ficaram em terra e estão à espera de uma solução, depois da empresa ter aberto falência. A Thomas Cook anunciou, esta segunda-feira, que parava todas as operações.
O presidente Peter Fankhauser era o rosto da derrota, ao anunciar a decisão: "Quero pedir perdão aos meus 21 mil colegas, que sei que vão ficar de coração partido. Lutaram tanto para fazer com que a Thomas Cook fosse um sucesso. Em segundo lugar, quero pedir desculpa aos nossos clientes, àqueles que estão de férias connosco agora", disse.
Este pedido de desculpas de pouco serve a todos os clientes da Thomas Cook à espera de um voo para casa: "A Autoridade para a Aviação Civil está focada em trazer as pessoas de regresso ao Reino Unido, é o nosso papel. Nos outros países da Europa, as autoridades reguladoras e os governos locais são também responsáveis por tomar as medidas necessárias", disse Tim Johnson, diretor da Autoridade Britânica para a Aviação Civil.
A Thomas Cook é uma das agências de viagens mais antigas do mundo, com 178 anos de história. Para este Simnon Calder, editor de viagens do jornal "The Independent", ouvido pela euronews, deixar a chave à porta era um destino há muito traçado: "Não perceberam que a maior parte das pessoas, sobretudo os jovens, tinham deixado de usar as agências de rua. Foram lentos na adaptação à Internet e não deram a devida atenção ao aparecimento das grandes companhias low-cost".
É um gigante que tomba: A Thomas Cook foi pioneira do turismo de massas e sobreviveu a duas guerras mundiais, mas parece não ter sobrevivido à revolução digital.