O Supremo britânico declarou a suspensão do parlamento ilegal revertendo a decisão de Boris Johnson
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirma que vai respeitar a decisão do Supremo Tribunal. Johnson adiantou contudo discordar totalmente do veredito.
Uma fonte no gabinete do primeiro-ministro rejeitou qualquer sugestão de que Boris Johnson venha a demitir-se do cargo.
Esta terça-feira, o Supremo Tribunal do Reino Unido decretou a suspensão do parlamento britânico ilegal. Por unanimidade, o colégio de 11 juízes da mais alta instância judicial do país deu razão aos argumentos que acusam Boris Johnson de ter induzido a rainha Isabel II em erro,
"O Tribunal é assim levado a concluir que a decisão de aconselhar Sua Majestade o prorrogar o parlamento foi ilegal, porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do parlamento de levar a cabo as suas funções constitucionais, sem qualquer justificação razoável. A prorrogação foi vã e inconsequente. O parlamento não foi prorrogado legalmente. Esta foi a decisão unânime dos 11 juízes. Cabe agora ao Parlamento decidir o que fazer a seguir", anunciou a presidente do Supremo Tribunal do Reino Unido, Lady Hale.
O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, anunciou já que Westminster volta aos trabalhos a partir desta quarta-feira. A oposição prepara-se para pedir a retirada do primeiro-ministro do governo do país.
Boris Johnson está atualmente em Nova Iorque, a participar na Assembleia Geral das Nações Unidas.