Aumentos de 100% nos combustíveis geram braço-de-ferro

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De  Euronews
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Reformas económicas para garantir ajuda do FMI incluem fim do subsídio estatal ao gasóleo e gasolina. Protestos já levaram à detenção de mais de 350 pessoas

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Após dois dias de protestos violentos no Equador, as empresas de transportes decidiram colocar esta sexta-feira um ponto final na greve iniciada na véspera contra o aumento do preço dos combustíveis provocado pelo fim dos subsídios estatais.

A greve tinha levado a protestos de rua de milhares de pessoas contra a decisão do Presidente Lenín Moreno, tomada em linha com as promessas de reformas económicas estabelecidas para garantir ajuda ao país do Fundo Monetário Internacional, de acabar com 40 anos de subsídios públicos no acesso aos combustíveis.

O fim desses subsídios vão ter um impacto esperado, por exemplo, nas tarifas dos transportes públicos, tendo já provocado a subida em mais de 100 por cento no preço do gasóleo e um agravamento a rondar os 25 por cento na gasolina, o combustível automóvel com maior procura no Equador.

O anúncio do fim da greve não parece contudo ter acalmado os ânimos nas ruas, onde os violentos confrontos entre manifestantes e forças da ordem já levaram à detenção de mais de 350 pessoas.

Grupos indígenas, sindicatos e estudantes ameaçam manter, e até a reforçar, a mobilização nas ruas, havendo já um apelo a uma greve nacional na próxima quarta-feira.

Os protestos, que incluíram bloqueios de várias vias de acesso importantes no país, afetaram também os aeroportos da capital Quito e de Guayaquil. Mais de trinta voos foram suspensos, a maioria internacionais.

O presidente Lenín Moreno promete não ceder às exigências.

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