Autor do ataque de quinta-feira, em Paris, já mostrava sinais de alerta há algum tempo. Direita francesa exige demissão de Christophe Castaner
As autoridades francesas encontraram vários indícios de radicalização no autor do ataque de quinta-feira no Comando-Geral da Polícia em Paris, onde provocou a morte de quatro agentes. A investigação mostra que o ataque foi premeditado e efetuado com intenção de matar e o caso está a ser tratado como terrorismo.
Segundo Jean-François Ricard, Procurador da República, "vários testemunhos permitiram perceber que o autor do ataque teria aderido a uma versão radical do Islão. Foi possível perceber isto graças a vários elementos: a modificação de certos comportamentos em nome da religião, o desejo de evitar certos contactos com mulheres e a justificação dada a um colega para o atentado à redação do Charlie Hebdo em 2015."
Face a estas evidências, a direita francesa veio já exigir a demissão do ministro do Interior, Christophe Castaner. Não só porque se apressou a dizer que o atacante nunca tinha apresentado qualquer sinal de alerta, mas também porque se tratava de um agente administrativo com acesso a informação sensível na luta contra o Islão radical.
A investigação vira-se agora também para a esposa do atacante devido às mais de trinta mensagens de cariz religioso trocadas na meia hora que antecedeu o ataque e onde esta lhe dizia que agora, só deus o poderia julgar.