Polacos preparam-se para escolher novo governo

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De  Joao Duarte Ferreira
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As sondagens dão a vitória ao partido no poder, o Partido da Lei e Justiça

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Este domingo os polacos vão às urnas para elegerem 460 deputados e uma centena de senadores.

Sondagens recentes dão a preferência ao Partido da Lei e Justiça, o partido no poder.

Nos últimos anos a Polónia tem vindo a adotar políticas de linha conservadora apesar de exigirem divisões crescentes sobre questões como o aborto e os diretos dos homossexuais.

Em 2015 o Partido da Lei e Justiça conquistou a primeira maioria absoluta desde a queda do comunismo.

Tudo sugere que se manterá no poder mas os pequenos partidos também estão a avançar.

"O que será mais interessante na noite das eleições será a posição do quarto e quinto partido. Isto pode determinar quem será capaz de constituir a maioria depois das eleições", adianta o sociólogo Jaroslaw Flis, da Universidade Jagiellonian, em Cracóvia.

A Polónia virou à direitia depois do partido no poder ter restringido a liberdade de imprensa assim como o equilíbrio entre os vários poderes, algo com que nem todos concordam.

"Queremos uma Polónia aberta, moderna e tolerante. Igualdade de oportunidades na Polónia, não pertença a partidos, a competência é a chave do sucesso. Esta é a nossa visão para a Polónia - um estado de direito moderno!", defende Robert Biedroń, do Comité Eleitoral Lewica.

A campanha eleitoral deste ano incluiu ataques pessoais contra candidatos, assim como questões que alargaram o fosso entre o governo e a principal coligação da oposição.

"A reconstrução da escola polaca, reconstrução da diplomacia polaca e do exército, a criação de um sistema de saúde moderno, a reconstrução da Função Pública, a reconstrução e melhoria de tribunais independentes, isto é um diagnóstico preciso da catástrofe em que a Polónia mergulhou sob a direção de Kaczyński", acusa Grzegorz Schetyna, da Plataforma Cívica, parte da Coligação Cívica, o maior partido da oposição.

"A Plataforma Cívica está numa situação em que tem que responder com novas ideias à nova estratégia imposta pelo governo. A única coisa que de facto pode propor é o que o governo está a fazer e prometer mais coisas", afirma o comentador político Bartosz Brzyski, do Clube Jagiellonian.

Mas apesar da campanha ter subido de tom, nem todos estão convencidos que os partidos serão capazes de persuadir os eleitores.

"O nosso objetivo, sobre o qual muito pensámos, é criar a versão polaca de um estado de direito. É o que temos de fazer agora e no próximo mandato, se Deus quiser, e se a sociedade nos apoiar - o nosso enfoque principal está nos aumentos dos salários!", promete o líder do Partido da Lei e Justiça, Jaroslaw Kaczinsky.

O cientista político, Tomasz Ociepka, afirma que a oposição não traz ideias novas.

"Não só aqueles que beneficiam muito de programas sociais, mas também os polacos mais ricos vão viver melhor sob a liderança do Partido da Lei e Justiça. Este partido apresenta-se como o guardião da classe média polaca", diz Ociepka.

São necessários 231 assentos para o governo obter uma maioria absoluta. Tudo sugere que o Partido da Lei e Justiça vai ultrapassar esta marca de novo este domingo.

O repórter da euronews em Cracóvia, Leszek Kabła, adianta:

"Tudo sugere que o maior inimigo será a afluência às urnas. Daí a mobilização dos eleitores tanto pelo partido no poder como pela oposição. Os resultados preliminares serão conhecidos na noite de domingo.

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