Capital do Equador viveu esta sexta-feira mais um dia de violentos protestos
A possibilidade de uma saída negociada para os piores distúrbios da última década no Equador parece cada vez mais afastada.
A principal organização indígena do país rejeitou a oferta de diálogo do presidente Lenin Moreno para sair da crise provocada pelo aumento dos preços dos combustíveis.
Esta sexta-feira ficou marcada por novas manifestações violentas na capital, Quito.
A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador afirmou que "falta credibilidade" à oferta de diálogo de Moreno e que só participará em discussões quando o presidente anular o decreto que suprime os subsídios aos combustíveis.
Cesar Flores, manifestante indígena: "Precisamos que seja compreendido: nós só queremos o cancelamento do decreto, que afeta todos os equatorianos. Não estamos aqui para destruir a capital."
Dez dias de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança saldaram-se em cinco mortos, entre os quais um dirigente indígena, e mais de 2000 feridos. O presidente decretou o estado de emergência por dois meses em todo o país.