O estatuto pós-brexit dos cidadãos europeus no Reino Unido

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Os números divulgados esta semana mostram que 2 milhões de pedidos foram feitos para o estatuto de estabelecimento ou pré-estabelecimento de residência, significa que os cidadãos da União Europeia têm plenos direitos para permanecer no Reino Unido depois do Brexit.

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Não é o pão que o diabo amassou mas para muitos o processo do Brexit chegou a ser um pesadelo em especial para quem vive no Reino Unido.

O premiado chefe polaco Damian Wawrzyniak trabalhou duro para construir uma vida e os negócios, desde que se mudou para o Reino Unido em 2005. Foi cozinheiro dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012 e cozinhou para a Família Real.

Fez o pedido para obter o estatuto de estabelecido mas apenas foi reconhecido como preestabelecido, mais precário. Isso exige que os candidatos se inscrevam novamente para ganhar o estatuto de estabelecido depois de acumularem cinco anos de residência contínua no Reino Unido.

O caso de Damian é apenas um num processo que até se te desenrolado de forma suave tendo em conta a teia legal que é o Brexit.

O Centro de Recursos do Leste Europeu em Londres é uma das 57 organizações voluntárias que receberam 9 milhões de libras do ministério do Interior para ajudar com as solicitações de estatuto de residência.

Os números divulgados esta semana mostram que 2 milhões de pedidos foram feitos para solicitar o estatuto de estabelecimento ou preestabelecimento, significa que os cidadãos da União Europeia têm plenos direitos para permanecer no Reino Unido depois do Brexit.

Do número de pedidos, 1,5 milhões já foram concedidos e apenas 2 foram rejeitados até o momento.

Com uma aplicação para o telemóvel, os cidadãos da UE precisam fazer apenas três coisas: provar a identidade, dizer há quanto tempo vivem no Reino Unido e declarar qualquer condenação criminal.

Embora a taxa de 65 libras tenha sido afastada no início do ano, houve críticas persistentes de que a aplicação está disponível apenas em inglês.

"A expectativa apanhou as pessoas de surpresa no processo do Brexit pois têm que falar inglês, fluentemente, para lidar com o inglês jurídico. Não é razoável e, francamente, não é muito ético para os cidadãos europeus", diz Bárbara, diretora do Centro de Recursos do Leste Europeus.

Bárbara também está preocupada com pessoas vulneráveis, idosos e crianças possam cair nas falhas.

"É fácil imaginar que pessoas que não são tão instruídas em tecnologias ou em dispositivos móveis - que é um jogo de bola totalmente diferente - não consigam usar bem os telemóveis se nunca os utilizaram. Isso confunde as pessoas e é muito intimidante para elas", explica.

Mas o Ministério do Interior do Reino Unido é inflexível e diz haver muita ajuda disponível.

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