Conservadores do Lei e Justiça elegeram mais deputados do que há quatro anos, mas o revés na câmara alta vai atrasar agenda legislativa
Os resultados finais confirmam a vitória confortável da formação conservadora eurocética Lei e Justiça nas legislativas polacas. No entanto, o partido liderado por Jaroslaw Kaczynski perdeu a maioria no Senado, conquistando apenas 48 dos 100 assentos da câmara alta do Parlamento.
Em consequência, o homem forte do país já avisou que os conservadores deverão atrasar a agenda legislativa, o que representará um contraste com a rápida adoção de textos na legislatura anterior.
Na câmara baixa, o Lei e Justiça melhorou os resultados de há quatro anos, com 43,59% dos votos e 235 dos 460 assentos disponíveis.
Os centristas da Coligação Cívica, principal formação da oposição, surgem longe no segundo lugar com 27,4% dos votos, elegendo 134 deputados.
O escrutínio ficou ainda marcado pelo regresso da esquerda ao Parlamento. A Aliança da Esquerda Democrática obteve 49 assentos. A extrema-direita também entra na assembleia, com os 11 deputados eleitos pela Confederação.
O sucesso do Lei e Justiça deve-se essencialmente ao generoso programa de apoios sociais, possível graças ao excelente desempenho da economia polaca.