Milhares protestam contra Governo e crise económica no Líbano

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As manifestações pacíficas ocorreram nas principais cidades do Líbano e são as maiores dos últimos cinco anos.

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Milhares de pessoas saíram às ruas do Líbano, pelo quarto dia consecutivo, em protesto contra o Governo, a corrupção e contra a crise que se faz sentir no país.

As manifestações pacíficas ocorreram nas principais cidades do Líbano e são as maiores dos últimos cinco anos.

Os protestos continuaram, na noite de domingo, mesmo depois do primeiro-ministro Saad Hariri ter anunciado um novo pacote de medidas para aliviar a crise económica do país.

"Continuaremos nas ruas porque isso não é suficiente. Queremos que o Governo se demita, se realizem eleições antecipadas e queremos justiça contra todos aqueles que roubaram do Estado. Se isso não acontecer, não vamos sair das ruas", assegura um dos manifestantes.

Na mesma linha, outra libanesa refere que "queremos que os três saiam, o presidente Michel Aoun, o primeiro-ministro Saad Hariri e o presidente da Assembleia Nabih Berri. Se eles não partirem, ficaremos nas ruas. Vamos dormir aqui."

Na origem dos protestos esteve a imposição de novos impostos, no quadro de um plano de austeridade, onde se incluía, por exemplo, uma taxa sobre as chamadas e as mensagens feitas através da aplicação WhatsApp.

Para acalmar a população, o primeiro-ministro apresentou, no domingo, um novo pacote de medidas que espera que seja aprovado, esta segunda-feira, pelos parceiros de coligação.

O pacote inclui um corte de 50% nos salários dos atuais e antigos governantes, não inclui mais impostos sobre a população e obriga o banco central e os bancos privados a contribuir com cerca de três mil milhões de euros para alcançar um "défice quase nulo" para o orçamento de 2020.

O Líbano vive uma grave crise económica. Segundo o Banco Mundial, 25% da população vive abaixo do limite da pobreza. A dívida do país ultrapassa os 77 mil milhões de euros, o equivalente a 150% do Produto Interno Bruto.

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