EUA terão desenvolvido uma operação no nordeste da Síria para capturar Abu Bakr al-Baghdadi, que terá cometido suicídio depois de encurralado pelas tropas norte-americanas
**"Os EUA trouxeram até à justiça o maior líder do terrorismo mundial. Abu Bakr al-Baghdadi está morto": **O anúncio, que foi feito este domingo pela Casa Branca, admite a morte do fundador e líder do Estado Islâmico.
Abu Bakr al-Baghdadi era procurado desde 2010, altura em que terá fundado o grupo extremista, no iraque. Al-Baghdadi tinha a 'cabeça a prémio', um valor de 22 milhões de euros: Uma ambição de muitos que fez com que, um homem que controlava várias regiões na Síria e no Iraque, tenha deixado de ser visto. Segundo os serviços secretos iraquianos, o líder do Estado Islâmico mantinha conversas estratégicas em carrinhas agrícolas em movimento, para evitar ser detetado.
Esteve cinco anos sem aparecer em público. Em abril, Abu Bakr al-Baghdadi surgiu num vídeo, onde apelava a ataques no dia de Páscoa, os quais acabaram por matar 250 pessoas.
Na operação partilhada pela administração Trump, Al-Baghdadi terá sido encurralado pelas tropas norte-americanas numa operação desenvolvida em Idlib, no nordeste da Síria. Segundo o discuso detalhado do presidente dos EUA, o fundador do ISIS estava armadilhado com explosivos e suicidou-se antes de ser caputurado.
Donald Trump diz que Abu Bakr al-Baghdadi morreu "depois de correr para um túnel sem saída, a chorar e a gritar durante todo o caminho." O presidente norte-americano afirmou também que o líder do Daesh "arrastou três dos filhos pequenos" com ele até ao túnel. Segundo o governo norte-americano, al-Baghdadi chegou ao fim do túnel e deflagrou o colete, matando-se a si e aos três filhos.
O corpo terá ficado irreconhecível depois da explosão, mas, segundo Trump, "os resultados dos testes deram uma identificação certa, imediata e positiva" de que era al-Baghdadi.
Esta alegada morte surge a pouco mais de um ano das novas eleições e chega como uma vitória para o governo de Donalt Trump, o qual enfrenta um processo de destituição por parte do Partido Democrata.
Uma Rússia cética
As reações da comunidade internacional não tardaram a surgir. A Rússia mostrou-se cética em relação à veracidade da operação desencadeada pelos EUA. Num comunicado, Igor Konashenkov, principal porta-voz do Ministério da Defesa da Federação Russa, admitiu que não existem **"**informações confiáveis sobre a operação dos militares dos EUA sobre mais uma 'eliminação' do ex-líder Abu Bakr al-Baghdadi."
A Turquia fala de um marco no fim do terrorismo, o primeiro-ministro de Israel fala de uma "impressionante conquista" e o presidente francês, Emmanuel Macron, deixa o alerta de que "A morte de Al-Baghdadi não é o fim do estado islâmico".