Chile desiste de organizar COP25

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De  Ricardo Figueira
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Os distúrbios no país levaram o presidente Piñera a cancelar a organização da conferência da ONU sobre as alterações climáticas.

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Os distúrbios no Chile, que duram há várias semanas, levaram o presidente Sebastián Piñera a cancelar dois eventos importantes que deveriam ter lugar no país: Uma cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) e a COP25 - Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, marcada para Santiago do Chile em dezembro deste ano.

O presidente, que está a ver a imagem ser abalada por esta onda de contestação nas ruas, justificou a decisão com a necessidade de dar prioridade à segurança. Disse que "como presidente, tem de por os chilenos e as suas necessidades, desejos e esperanças, em primeiro lugar".

A cimeira estava inicialmente planeada para o Brasil, mas mudou para o Chile, depois dos incêndios na Amazónia, que abalaram a imagem do governo de Bolsonaro. Uma imagem que piorou depois dos comentários do chefe da diplomacia, Ernesto Araújo, para quem as teorias sobre o aquecimento global, a que chama "alarmismo climático", são uma criação do "marxismo cultural"

Movimento pelo clima alastra-se

A COP25 é a primeira conferência sobre o clima depois da onda de manifestações dos últimos meses, as maiores de sempre a pedir mais ação por parte dos governos pelo meio ambiente. Os protestos do grupo "Extinction Rebellion" ou do movimento "sextas-feiras pelo clima", iniciado pela adolescente sueca Greta Thunberg, aumentaram a consciência mundial para as alterações climáticas.

Mudanças no clima que trazem más notícias também para os Estados Unidos. Uma ONG norte-americana publicou um relatório em que diz que há dezenas de milhões de pessoas, muitas mais do que anteriormente previsto, em risco de inundação por culpa da subida do nível do mar, ao longo dos próximos 100 anos.

Mas são os países mais pobres os mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas. Países que veem na COP25 uma boa oportunidade de pedir mais ajuda aos mais ricos.

A ONU está agora à procura de um novo anfitrião para a cimeira, que entre outras coisas vai servir para discutir a implementação do acordo de Paris, assinado durante a COP21, na capital francesa, em dezembro de 2015.

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