Chegada de Lagarde ao BCE ensombrada por protestos

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Esta quinta-feira terminou o mandato de oito anos de Mario Draghi como presidente da instituição

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Christine Lagarde, a primeira mulher à frente do Banco Central Europeu (BCE), tomou posse esta sexta-feira como presidente, mas a jornada histórica em Frankfurt foi também ensombrada por protestos à frente da sede do BCE.

"Viemos em solidariedade com o movimento 'Fridays for Future', que exige que a política de compra de ações seja mais transparente e que vá para outra direção, que é estabelecer objetivos climáticos", sublinhou Hajo Kuehn, da Associação para a Taxação das Transações Financeiras para Ajuda ao Cidadão, ATTAC, em protesto junto à sede do BCE.

Ao definir as prioridades para o mandato à frente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde sublinhou que "as alterações climáticas são um dos desafios globais mais importantes com que a sociedade atual se debate" e acrescentou que "qualquer instituição deve ter o risco das alterações climáticas e a proteção do ambiente no centro da sua missão."

Em entrevista a uma estação de rádio lembrou que a iniciativa deveria partir, entre outros, de países da zona euro com possibilidades para dar um passo em frente: "Os países, em particular os que têm folga orçamental, não fizeram o esforço necessário. Penso, naturalmente, nos países que têm folga orçamental neste momento como a Holanda, Alemanha e outras nações no mundo."

O Governo alemão não ficou agradado com a observação e manifestou isso mesmo, pela voz do ministro das Finanças, Olaf Scholz: "Se projetarmos os investimentos do Governo alemão para a próxima década e incluirmos o pacote ambiental rondará cerca de 550 mil milhões de euros a serem investidos. É bastante dinheiro."

Scholz sublinhou que "nenhum Governo alemão investiu tanto" e juntou-se às críticas do presidente do Bundesbank, que se manifestou contra o uso do chamado "quantitative easing" em nome de uma política monetária verde.

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