Protestos no Chile afetam em mil milhões de euros a economia do país

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De  Ana Serapicos
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Desde o início das manifestações, mais de 7 mil pessoas foram detidas

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O Chile continua a ser palco de protestos. Milhares de pessoas manifestam-se nas ruas de Santiago do Chile, a capital do país.

As autoridades têm usado carros blindados, canhões de água e gás lacrimogéneo para afastar a multidão, a qual responde com pedras e tinta contra os veículos. Desde o início dos protestos, já 7 mil pessoas foram detidas e 18 perderam a vida.

Economia em queda

O povo descontente tem afetado a economia do país. As empresas chilenas apontam para perdas de mais de mil milhões de euros. 

Aos jornalistas, um vendedor chileno da área do turismo, contou que as vendas "desceram 80%" e que alguns colegas de profissão "nem sequer já montam as bancas nas ruas por não haver turistas.".

Além da queda do turismo, os protestos são responsáveis por mais e 300 milhões de euros em prejuízos apenas na cidade de Santiago. 

REUTERS/Henry Romero
Protestos contra o governo, Santiago do ChileREUTERS/Henry Romero

Resposta do governo

Depois de um pedido de desculpas e do anúncio de medidas sociais, como o aumento do salário mínimo, o presidente do país, Sebástian Piñera, pediu aos ministros que se demitissem para poder criar um novo governo.

Muitos assim o fizeram. Oito ministros de 24 já se demitiram e já foram substituídos, incluindo o responsável pela pasta das Finanças, Felipe Larraín. Depois de apresentar a demissão, o agora ex ministro disse que o governo de Piñera está a ter dificuldades em perceber o que os chilenos realmente querem.

"É um momento de reflexão. Certamente não sabemos e não conseguimos entender bem, interpretar bem, o que estava a acontecer e, nesse sentido, torna-se autrocrítico", disse Larraín à imprensa.

O pasta das Finanças foi entretanto entregue ao economista Ignacio Briones.

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