Tomada de reféns no Irão faz 40 anos

Tomada de reféns no Irão faz 40 anos
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De  Ricardo Figueira
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O antigo edifício da embaixada dos EUA é hoje um museu, com um título que diz tudo: "Museu do covil da espionagem".

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Centenas de estudantes juntaram-se em Teerão para aplaudir o líder supremo do Irão, o Aiatola Ali Khamenei, quando faz 40 anos que a mesma faixa da população protagonizou um dos episódios mais importantes da Revolução Islâmica: a tomada de reféns na embaixada dos Estados Unidos.

No discurso, o líder religioso condenou aqueles que defendem a aproximação aos norte-americanos: "Há quem pense que negociar com a América vai resolver os problemas do país. É um grande erro. Estão 100% errados. Proibir as negociações com os Estados Unidos é uma das formas de prevenir que a América interfira no nosso país. Não é apenas um ato emocional, é algo que tem uma lógica por detrás".

O quadragésimo aniversário da tomada de reféns está a ser comemorado, em Teerão, com um novo mural nas paredes das instalações que o Irão ocupou aos Estados Unidos. A efeméride é sempre assinalada com grandes manifestações.

WANA NEWS AGENCY / REUTERS
Detalhe do mural anti-EUA agora inaugurado, no muro da antiga embaixada.WANA NEWS AGENCY / REUTERS

444 dias de cativeiro

Foi no dia 4 de novembro de 1979, poucos meses depois da revolução iraniana, que um grupo de estudantes trepou os muros da embaixada americana em Teerão e manteve reféns 52 diplomatas, em reação ao acolhimento do Xá Mohammad Reza Pahlavi por parte dos Estados Unidos, para um tratamento ao cancro.

Estava declarado o ódio à América. Os reféns estiveram 444 dias em cativeiro e só foram libertados no último dia de Jimmy Carter como presidente, antes da tomada de posse de Ronald Reagan.

40 anos depois, persistem as especulações sobre os alegados acordos secretos feitos entre a equipa de Reagan e os líderes da revolução iraniana, que terão permitido a libertação dos reféns.

O antigo edifício é hoje um museu, com um título que diz tudo: "Museu do covil da espionagem".

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