De acordo com todo as sondagens, espera-se um parlamento muito fragmentado e a ascensão da extrema-direita
Com o PSOE na frente das sondagens em Espanha, o Partido Popular apela ao voto “patriótico e responsável”. No último dia de campanha, Pablo Casado assegurou que é a alternativa a uma crise económica no país.
Na Campanha eleitoral mais curta de sempre, que durou apenas oito dias, a mensagem do partido dirigiu-se principalmente para a classe média, que Pablo Casado classificou como “a Espanha real”. Casado não esqueceu os socialistas desiludidos com o estado do país.
Dolores Monserrat, a porta-voz do PP no Parlamento, sublinha que se tiverem “mais um lugar do que Sánchez, a Espanha terá estabilidade política, económica e social e, acima de tudo, a defesa da unidade nacional”.
O receio de uma subida da extrema-direita marcou as últimas horas da campanha. O candidato socialista e primeiro-ministro tentou convencer os eleitores de esquerda sobre o “perigo da ascensão de uma Espanha que não é inclusiva”.
Pedro Sánchez garantiu que que dois dias depois das eleições vai fazer uma proposta, "para desbloquear a situação política" ao PP, Ciudadanos e ao Unidas Podemos. De fora dos planos de Sánchez fica o Vox, de extrema-direita, que segundo as sondagens pode ficar em terceiro lugar.
Os resultados das eleições deste domingo devem aumentar ainda mais a polarização e a instabilidade política, num país marcado por um cenário de crise principalmente por causa das manifestações dos independentistas catalães.
Cristina Giner, jornalista da euronews, sublinha a incerteza que novamente marca o escrutínio em Espanha.
"A campanha eleitoral mais curta da história chega ao fim com ainda mais incerteza do que as últimas eleições. De acordo com todo as sondagens, espera-se um parlamento muito fragmentado e a ascensão da extrema-direita. Na Catalunha, o dia de reflexão será marcado por novos protestos. A Plataforma Tsunami Democrático apelou a uma grande manifestação em Barcelona".