Presidente do parlamento apela à calma nas manifestações, depois da morte de nove pessoas às mãos da polícia e dos militares.
A morte de nove pessoas às mãos da polícia e dos militares, perto de Cochabamba, pode agravar o clima de tensão que está a ser vivido na Bolívia.
As mortes aconteceram quando um grupo de plantadores de coca, apoiantes do presidente deposto Evo Morales, tentou entrar na cidade. Cochabamba é a região mais castigada pelos confrontos que se alastram desde as eleições de 20 de outubro, que tiveram como resultado uma contestada reeleição de Morales, mais tarde forçado a deixar o poder e depois exilado no México.
Os confrontos já fizeram 22 mortos e mais de 500 feridos. O governo da presidente interina Jeanine Áñez diz que tem dúvidas de que tenham sido os polícias e militares a disparar sobre os manifestantes.
Na capital, La Paz, os políticos têm agora como missão marcar novas eleições.
O presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Choque Siñani, deixa um apelo para que os manifestantes evitem expor-se ao confronto e eventuais ferimentos por balas perdidas...
Evo Morales já disse que aceita uma nova votação, sem se candidatar. Mas, para a marcação das eleições, Áñez, que se autoproclamou presidente, vai ter de se entender com o parlamento dominado pelo MAS, o partido de Morales.