Milhares de colombianos unem-se em protesto contra Iván Duque

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Direitos de autor REUTERS/Luisa Gonzalez
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De  João Paulo Godinho
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O presidente colombiano é o alvo do descontentamento social, que levou mais de 200.000 pessoas às ruas em várias cidades do país.

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Centenas de milhares de colombianos saíram às ruas esta quinta-feira em protesto contra o presidente Iván Duque. A revolta contra a crescente desigualdade, a pobreza e o novo pacote de reformas estiveram na base da contestação sindical e social que paralisou o país nas últimas horas.

Em causa está ainda o arrastar do acordo de paz de 2016 com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e de um de recente ataque aéreo a um campo de dissidentes, que provocou a morte de oito menores.

As manifestações foram globalmente pacíficas, mas acabaram por se registar confrontos em Bogotá, Medellín e Cali, onde até foi decretado o recolher obrigatório. Os manifestantes usaram 'cocktails molotov' e pedras para atacar as forças de segurança, que responderam com gás lacrimogéneo e canhões de água.

Dos confrontos nas diversas cidades resultaram, segundo as autoridades oficiais, pelo menos 79 feridos e foram também detidas 36 pessoas.

Na sequência das manifestações, Iván Duque veio condenar os episódios de violência e garantiu que o Estado não vai deixar de aplicar a lei sobre quem esteve envolvidos em confrontos ou atos de vandalismo.

"Os acontecimentos que aconteceram depois das marchas de hoje são puro vandalismo e não obedecem à expressão da liberdade popular, nem serão legitimados pelo direito de protesto. Não permitiremos saques ou ataques à propriedade privada e aplicaremos todo o peso da lei", afirmou.

De pensionistas a estudantes, a revolta é geral. Iván Duque é o alvo, com a taxa de aprovação do Presidente colombiano a cair para o valor mínimo de 26% desde que tomou posse em agosto de 2018.

A Colômbia é o último exemplo de uma vaga de agitação social e política que percorre a América do Sul e que se fez sentir mais recentemente no Chile e na Bolívia.

Outras fontes • EFE / Reuters / The Guardian

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